segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Futuro de Vanessa Fernandes deve passar por CAR de Montemor-o-Velho

O futuro de Vanessa Fernandes, vice-campeã olímpica, deve passar pelo Centro de Alto Rendimento (CAR) de triatlo de Montemor-o-Velho, situação que agrada à federação e alegadamente merece o apoio da família.

"Não desminto que o cenário da Vanessa Fernandes trabalhar no CAR de Montemor, em regime interno ou externo. É algo que consideramos uma boa solução. Até para combater o desconforto de estar longe da família. Mas não sei se ela a vai considerar", disse à Lusa o presidente da Federação, José Luís Ferreira.
Vanessa Fernandes anunciou nos últimos dias que vai mudar de treinador (Sérgio Santos, Director Técnico Nacional) e modelo de treino, à procura de "mais motivação", mas, de entre as várias opções de que dispõe para o futuro, a nova infra-estrutura do triatlo parace ser a que melhor defende os seus interesses, pois fica mais perto da família, viverá num ambiente mais familiar e terá o apoio de uma equipa técnica com provas dadas.
"Ela pode eventualmente reconsiderar algumas posições em relação aos CAR, pois este novo CAR de Montemor-o-Velho está construído e funciona em moldes substancialmente diferentes do Jamor, que lhe provocou algum desconforto. Estamos convencidos de que aqui as condições são substancialmente melhores, um ambiente familiar", acrescentou o dirigente.
Outra das opções passa por "um enquadramento técnico fora da estrutura técnica da federação, na linha do que tem anunciado à comunicação social".
A federação não se opõe a esse modelo - "evidentemente respeitaremos sempre a opção da atleta, pois ela é livre de escolher o treinador, sem interferência da federação" - mas recorda que só poderá apoiar a parte técnica desse projecto olímpico caso a opção da atleta recaia especificamente num treinador de triatlo, reconhecido pela federação.
"Face ao nosso estatuto de utilidade pública, há direitos e obrigações perante o Estado, há regras. Todo o sistema de apoio que existe, no caso da preparação olímpica veiculado através do COP, implica o reconhecimento que a federação tem de fazer. Não sendo um treinador de triatlo, não beneficiará dos mecanismos de apoio instituídos que tem de estar de acordo com a lei. De qualquer forma, a ser essa a opção, por um treinador de outra modalidade, manteremos um relacionamento franco, aberto e colaborante", garantiu.
A outra solução passa pela ida de Vanessa Fernandes para o estrangeiro, "numa estrutura que só ela saberá", mas esta via colide com o desejo manifestado pela atleta de estar mais perto da família e tem elevados custos financeiros.
"No passado, apoiámos a Vanessa Fernandes, como todos os atletas, assim como a apoiamos no presente e vamos continuar no futuro. Aguardamos com expectativa, mas existem prazos, pois temos de apresentar no IDP [Instituto do Desporto de Portugal] os planos de actividades até 15 de Novembro, pelo que até essa data precisamos de uma decisão da Vanessa Fernandes e tempo para a enquadrar", vincou.
A federação recusa-se a pressionar - "há cerca de um mês que tem a mudança em mente, pelo que sobrou tempo para pensar no que deseja para o futuro" - mas aconselha-a a manter-se sob a alçada do seu enquadramento técnico, que lhe valeu cinco títulos europeus, um mundial e a medalha de prata nos Jogos Olímpicos Pequim2008.
"Estamos atentos e disponíveis para alterar o que consideramos que esteja menos bem, mas está provado que o triatlo tem um modelo de sucesso. Até podem existir outros modelos de sucesso, mas isso ainda não sabemos", concluiu.

Fonte e foto: http://www.ojogo.pt/Directo/NoticiaHora_tritatlovanessafernandesmud_311009_193228.asp

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