quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Agrediu a mulher e matou-se a seguir

Pouco passava da meia-noite de quarta-feira, quando o alerta para uma situação de violência doméstica na localidade de Catarruchos, freguesia de Arazede, foi dado à GNR de Montemor-o-Velho. No local, os militares da GNR confirmaram o pedido de ajuda: uma mulher tinha sido agredida pelo marido, apresentando visíveis sinais de agressão. De tal forma que teve de ser transportada ao Hospital Distrital da Figueira da Foz, com escoriações na face e membros superiores, como confirmou fonte dos Bombeiros Voluntários de Montemor, que deslocaram ao local uma equipa da sua secção de Arazede, localizada bem próxima do local da agressão. A filha do casal, que terá chegado no decorrer das cenas de violência, também foi, segundo fonte da GNR, atacada, mas sem consequências.
Mas o serviço das forças policiais e de socorro não se ficou por aqui, já que, na manhã seguinte, cerca das 8h00 de quinta-feira, receberam novo alerta, desta feita para a presença de um corpo nos anexos da habitação de um morador de Catarruchos. No local confirmou-se: José Pinto, que horas antes tinha agredido a esposa, estava cadáver no quintal do vizinho. Ao que tudo indica suicidou-se.
«Pelos indícios e pela forma como aconteceu tudo indica que tenha sido suicídio», explica fonte da GNR de Montemor, adiantando que o homem, de 47 anos, foi encontrado deitado, «com uma carabina debaixo do corpo». Mais, segundo os Bombeiros da secção de Arazede, o homem «tinha um tiro junto à orelha esquerda».
José Pinto morava com a esposa e mais dois filhos maiores na mesma residência, em Catarruchos. Ao que a GNR de Montemor apurou no local, não seria a primeira vez que a mulher era vítima de violência doméstica, contudo esta foi a primeira vez que foi pedida ajuda. «Os vizinhos falam num historial de violência, mas, apesar dos rumores, nunca houve qualquer queixa», diz a mesma fonte da GNR.
Um dos vizinhos do casal confirma exactamente isso ao Diário de Coimbra, referindo que apesar de aparentarem ser um «casal normal», há indícios de violência. «Ouvi dizer que, de vez em quando, ele tinha problemas com ela», conta, falando ainda nos problemas com o álcool de José Pinto. «O problema seria a bebida», conta ainda este vizinho, recordando, contudo, que ainda no dia antes da tragédia, o casal tinha estado no café, «a beber a bica».
E se dúvida houvesse quanto à violência, elas foram desfeitas pela própria vítima já que, à GNR a mulher confirmou não ser esta a primeira vez que foi agredida. Depois da agressão, o homem terá ido buscar a arma, altura aproveitada pela mulher e filha para fugirem. Na manhã seguinte o agressor foi encontrado morto. A Polícia Judiciária está a investigar o caso.

Escrito por Margarida Alvarinhas in http://www.diariocoimbra.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=3535&Itemid=135

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