
O tentugalense, que é vereador da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho e, simultaneamente, presidente da Entidade de Turismo Centro de Portugal, para além de confrade, frisou que «a consagração do pastel de Tentúgal está aqui, não é no concurso», para explicar que as «”7 Maravilhas” é um instrumento de televisão». «O que se trata ali é de quem manda mais SMS», alertou, sublinhando que «aquela final é criada para um bom programa de televisão».
Pedro Machado defende que, com ou sem concurso, «este património não é alienável», no sentido em que «em Tentúgal, faz-se um doce único e dos melhores do mundo», frisando também que se trata de «um valor acrescentado para a região».
No entanto, o responsável pela promoção turística na região não descura a importância do concurso da RTP, referindo que pode ser importante «para a notoriedade e visibilidade de um produto que nós já sabemos que é bom».
É tão bom que o próprio presidente da Câmara Municipal de Montemor quase se declarou tentugalense, defendendo o orgulho de ter, «no meu concelho, a vila mais linda e o melhor pastel do mundo».
Luís Leal não esqueceu o contributo de José Saramago para a divulgação do pastel de Tentúgal, «um dos seus últimos actos públicos», nem tão pouco a importância económica do doce, que «cria cerca de 100 postos de trabalho directos».
O autarca elogiou ainda os esforços realizados no sentido da certificação do doce, um tema abordado pela Grão-Mestre da Confraria do Doce Conventual, quando explicou que «temos de assegurar que o pastel de Tentúgal vendido no Algarve é igual ao que se vende no Minho».
Olga Cavaleiro anunciou que a iniciativa “Momento Pastel de Tentúgal”, ontem levada a cabo, vai ser repetida, começando, já na próxima semana por Cantanhede e Lisboa, explicando que «o que queremos é chamar a atenção», até porque «este doce tem algo de especial e é o protagonista desta vila».
“Um dia bom para ser presidente da junta”
O presidente da Junta de Freguesia de Tentúgal, Décio Matias, foi o primeiro a tomar da palavra, defendendo que o pastel «tem hoje uma identidade nacional e honra as pasteleiras e a confraria», lembrando a recente eleição, na feira de Portalegre, como «melhor doce conventual».
O autarca não deixou de lembrar que, «só recentemente encontrei união entre as pasteleiras», algo que atribui à intervenção de várias entidades, destacando o trabalho de Luís Leal, «aliado à coesão conseguida por Olga Cavaleiro».
«Hoje é um dia muito bom para ser presidente da Junta de Freguesia de Tentúgal», sublinhou.
A cerimónia contou ainda com as palavras de José Craveiro, Chanceler da Confraria, que mostrou grande agrado por, ao fim de 40 anos, ter sido ouvido na intenção de «preservar o que é nosso», lembrando várias vezes a herança deixada pelas irmãs carmelitas do Convento de Nossa Senhora do Carmo. «Temos uma dívida a quem veio antes de nós e nos deixou tudo de graça», finalizou.
Mário Fidalgo, da Associação para o Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego (ADELO), tomou a palavra para assegurar o apoio da entidade aos agentes envolvidos na promoção do pastel, garantido que, «tomara muitos territórios terem um produto assim a que se agarrarem».
Escrito por José Carlos Salgueiro
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