sexta-feira, 24 de julho de 2009

CITEMOR já mexe com Montemor-o-Velho

Com honras de inauguração do 31º CITEMOR, está o “VIDEO 2001 - 2007, #1” de José Maçãs de Carvalho que será exibido ao longo de todo o festival, às 16:00h e 22:00h, na Galeria Municipal. O trabalho do artista, que nasceu na Anadia em 1960, tende a a reflectir situações de comunicação-limite, dessa forma evocando o paradoxo de uma incomunicabilidade que se repercute como desafio à receptividade do espectador, obrigando-o frequentemente a uma tomada de posição activa e consciente. Este “VIDEO 2001 - 2007, #1”, certamente não irá fugir à regra.
Ainda na noite de estreia do CITEMOR 2009 é a já repetente Angélica Liddell (pseudónimo de Angélica González) que sobe ao palco do Teatro Esther de Carvalho, às 22:30h.
Depois de em 2008 ter estreado no CITEMOR o espectáculo "Boxeo para células y planetas ", este ano a controversa criadora espanhola apresenta “TE HARÉ INVENCIBLE CON MI DERROTA”. A peça co-produzida pela Altra Bilis e o CITEMOR fica em cena até domingo (26 de Julho).
Sobre este trabalho a autora afirma: “Jacqueline Du Pré morreu aos 42 anos. A idade que tenho agora. A saudade levou-me a procurar a cumplicidade com os mortos, o medo de envelhecer levou-me a procurar a cumplicidade com os mortos, o medo de exclusão pelos vivos levou-me a procurar a cumplicidade com os mortos. Houve um instante que senti a necessidade de comunicar com Jacqueline, de falar com ela, queria que me explicasse o pavoroso conflito encarnado em seu corpo entre a matéria e o espírito. Queria falar de música com ela. Não com os vivos, não com os vivos. E queria trabalhar a partir do que ela me íria dizer. Recordo "Opening Night" de Cassavettes, quando Gena Rowlands vai a uma sessão de espiritismo. Busca a esperança, uma resposta, um pouco de piedade. É isso que procuro entre os mortos, a piedade, compreender porque continuo viva, porque continuo viva e Jacqueline não”.
Na próxima semana o CITEMOR apresenta um ciclo de cinema ao ar livre com programação de Francisco Camacho, a performance “PIGMEUS DO MONDEGO” e a peça “TODOS OS CASADOS DO MUNDO SÃO MAL CASADOS” de Diogo Dória.

Fonte: http://hardmusica.pt/noticia_detalhe.php?cd_noticia=2553
Foto: Créditos fotográficos – CITEMOR / Susana Paiva

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