segunda-feira, 27 de julho de 2009

Agricultores manifestam-se em Coimbra cumprindo marcha lenta de tractores

Agricultores do Baixo Mondego e Gândaras manifestam-se segunda e terça-feira em Coimbra, cumprindo uma marcha lenta de tractores entre Montemor-o-Velho e esta cidade e deslocando-se ao governo civil, alertando para a crise no sector.
"É um alerta e uma sensibilização. Está a verificar-se um estrangulamento em todos os sectores, por força do desentendimento entre a indústria e a distribuição", disse hoje à agência Lusa um dos promotores do evento, Carlos Laranjeira.
Organizada por um grupo de agricultores desta região, a iniciativa arranca pelas 17:00 de segunda-feira em Montemor-o-Velho, onde os agricultores iniciam uma marcha de tractores pela EN 111 até Coimbra, estacionando as máquinas junto das instalações da Delegação local da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, na Avenida Fernão de Magalhães, artéria onde tencionam pernoitar.
Na terça-feira, a partir das 10:00, marcham a pé deste ponto da cidade até às instalações do governo civil de Coimbra, onde vão entregar uma exposição sobre a situação, prevendo-se intervenções durante o percurso, nomeadamente à saída e no Largo da Portagem.
"Esperamos bastante mais de 100 tractores", disse Carlos Laranjeira, presidente da Associação de Orizicultores de Portugal.
Além de agricultores de todos os sectores da lavoura desta região, também várias cooperativas se associaram ao protesto - adiantou.
"Estamos a receber apoios de todas as organizações da região de uma forma indiscriminada. Sentimos que o movimento tinha plena justificação", disse ainda.
Entre os principais problemas, Carlos Laranjeira apontou as dificuldades vividas no sector leiteiro e hortícolas, com preços à produção muito baixos e dificuldades no escoamento dos produtos.
"Há agricultores que preferem não apanhar as batatas. Há 20 milhões de quilos de arroz nacional para vender", sustentou.
O dirigente criticou também o ministro da Agricultura, afirmando que "pior do que uma política má é não existir política".
Entretanto, em comunicado, a Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra, a Associação Portuguesa dos Orizicultores e a Confederação Nacional da Agricultura manifestaram o seu apoio à iniciativa de dois dias e a intenção de nela participar.

Lusa / AO online

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