sexta-feira, 10 de julho de 2009

Jovem de Fala morreu afogado em Pereira

Um jovem de 15 anos morreu ontem afogado na praia fluvial de Pereira, concelho de Montemor-o-Velho. João Barata, residente em Fala (S. Martinho do Bispo), estaria acompanhado de dois amigos, que ainda o tentaram resgatar da água, mas sem sucesso. Desconhecem-se as causas do acidente, que se deu pelas 14h30, mas admite-se a hipótese da vítima ter dificuldade em nadar e de ter sido surpreendida por uma zona de rio mais funda. Bombeiros com equipa de mergulhadores chegaram ao local cerca de um quarto de hora depois de accionado o socorro, mas já pouco havia a fazer. O corpo foi resgatado do rio cerca de duas horas mais tarde. Foram os dois amigos a dar o alerta, ligando para o 112. De acordo com Licínio Serrano, segundo comandante dos Bombeiros de Montemor-o-Velho, a corporação deslocou para o local uma equipa de quatro mergulhadores e um barco semi-pneumático, tendo solicitado depois o auxílio dos Bombeiros Sapadores de Coimbra, que enviaram mais dois mergulhadores. As buscas subaquáticas foram feitas em círculo, a partir do local onde presumivelmente o jovem teria desaparecido. O corpo foi encontrado a sete metros de distância e a uma profundidade de cerca de dois metros.«A corrente era ligeira e a visibilidade razoável, mas o leito tem declives», referiu o responsável dos bombeiros, admitindo-se, no local do acidente, a falta de pé e alguma dificuldade em nadar como causas prováveis do acidente. No local estiveram ainda meios da delegação de Pereira da Cruz Vermelha, veículo de fogo, duas ambulâncias (uma de INEM e outra de transporte) e auto-comando dos Bombeiros de Montemor-o-Velho. O dispositivo de busca e resgate destacado, segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro, incluiu um total de oito viaturas e 19 bombeiros.Segundo Licínio Serrano, foi chamada uma equipa de apoio psicológico do INEM de Coimbra, para apoiar a família da vítima, tendo-se deslocado uma psicóloga e uma viatura de emergência médica. Entre os familiares e amigos da vítima a consternação, o desespero e o sofrimento eram indescritíveis. Em redor juntaram-se muitos populares e transeuntes e o trânsito complicou-se na estrada de acesso à praia, obrigando à intervenção das autoridades. Praia sem vigilância A praia fluvial de Pereira não possui vigilância, apesar de ser muito frequentada. Licínio Serrano confirma que já se registaram no local outras situações de afogamento, algumas também fatais. No socorro, os bombeiros debatem-se com dificuldades acrescidas por falta de entrada para embarcações. «A mais próxima é a cerca de 500 metros. Tivemos de entrar em Formoselha e andar rio acima até aqui à praia», explicou aos jornalistas, dando conta que estas mesmas dificuldades já foram dadas a conhecer pelo comando às autoridades competentes na matéria. Mesmo a entrada para embarcações existente em Formoselha é criada, segundo o bombeiro, «de improviso».Do outro lado da estrada da praia fluvial, existe um bar, com esplanada e jardim, no entanto, tanto quanto pudemos apurar, não é prestada vigilância à zona balnear. O Diário de Coimbra contactou a GNR de Montemor-o-Velho e a Junta de Freguesia de Pereira mas nenhuma das fontes quis esclarecer a questão da vigilância da referida praia. Em tempos, a Cruz Vermelha tinha, pelo menos aos fins-de-semana e dias de maior frequência no Verão, uma equipa ali de prevenção, mas tal não acontece actualmente.Ontem, no local, havia algumas pessoas indignadas com a falta de segurança. «Deviam mandar fechar isto, é uma ratoeira para mais crianças», reclamava um popular.

Andrea Trindade
In http://www.diariocoimbra.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=2753&Itemid=135
Foto: http://www.diariocoimbra.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=2753&Itemid=135

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