quinta-feira, 30 de abril de 2009

Desassoreamento será feito com água no rio

Apesar de oficialmente ainda ninguém a poder assumir como definitiva por faltarem dois pareceres, a verdade é que a opção está tomada. A proposta final apresentada pela empresa responsável pela elaboração do projecto de lançamento do concurso, caderno de encargos e realização do desassoreamento do Rio Mondego à Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Centro prevê que a obra seja concretizada com água no rio, contrariando a possibilidade que defendia o desassoreamento com o Mondego a seco.
Contactada pelo Diário de Coimbra, Teresa Fidélis, presidente da ARH do Centro, não confirmou a opção pelo desassoreamento com água no rio, mas certificou que a proposta do projecto final foi entregue, «no final de Março», pela referida empresa ao instituto. Depois de apreciar tecnicamente a proposta, a ARH do Centro enviou exemplares ao Instituto da Água (INAG), em virtude deste ser responsável pelas albufeiras de águas públicas, e à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), para cumprir o decreto-lei de avaliação de incidências ambientais.
Agora, tanto a CCDRC, como o INAG têm de emitir pareceres favoráveis acerca da opção proposta. Só depois destas duas entidades divulgarem a sua apreciação é que o processo poderá, finalmente, avançar para o terreno. Por isso, Teresa Fidélis não quis tecer mais comentários sobre o assunto, embora tenha manifestado vontade de ver o processo andar «o mais célere possível», para que o concurso possa ser aberto e os trabalhos iniciados. Recorde-se que o processo de desassoreamento do Rio Mondego teve início na CCDRC, tendo sido herdado pela ARH do Centro, que, agora, terá a responsabilidade de lançar, em conjunto com o INAG, o concurso para a intervenção.
O Diário de Coimbra apurou que, para chegar à proposta de desassoreamento com água no rio, a empresa responsável pela elaboração do caderno de encargos ouviu a opinião, além da Câmara Municipal de Coimbra, de quem diariamente utiliza o Mondego nas suas actividades desportivas e noutras que decorrem do rio. Todos defenderam a opção agora avançada, em virtude de proporcionar a manutenção das actividades ao longo do tempo que decorrerá a empreitada, que se deverá prolongar por 30 meses.
Assim, caso os pareceres da CCDRC e do INAG sejam positivos, o nível da água será mantido, recorrendo a empresa adjudicatária da obra a uma draga para retirar a areia do leito do rio, que será transportada por batelões. A maior parte da areia será vendida para financiar a obra, enquanto uma pequena parte será colocada a jusante do Açude, com o objectivo de repor a areia que tem sido arrastada. A possibilidade do concurso ser lançado até ao final deste ano não está descartada.

Fonte:http://www.diariocoimbra.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=1628&Itemid=135
Foto:http://www.campingcarportugal.com/albums/album01/IMG_0618.sized.jpg

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