sexta-feira, 27 de maio de 2011

Festival em Montemor-o-Velho mostra recurso a tecnologias antigas

A recuperação de técnicas tradicionais do vidro, papel e barro e o seu uso numa linguagem contemporânea é a aposta da cooperativa Teatro dos Castelos, de Montemor-o-Velho, que até 12 de junho realiza um festival para mostrar o seu trabalho.
O "Quarteirão Primavera - Percursos da arte contemporânea" teve início na passada sexta-feira, com a chegada dos primeiros artistas, assumindo-se como um espaço de formação, de troca de experiências sobre percursos e para mostrar o que ao longo do ano é realizado nas oficinas.
Esta forma de "(re)interpretar" as técnicas antigas foi uma aposta de viragem desde há dois anos no percurso desta cooperativa artística já com duas décadas, e o objetivo é fazer delas, no futuro, via profissional para artistas, declarou à agência Lusa o seu presidente, Jorge Valente.
As técnicas tradicionais ligadas ao papel, desde a produção artesanal até à encadernação e gravura, são as mais avançadas, ao ponto de já ter permitido à cooperativa prestar serviços na recuperação de livros antigos a uma instituição.
"Não procuramos recuperar por recuperar, mas utilizar essas técnicas de forma contemporânea", sublinhou Jorge Valente, admitindo ser esta também uma forma de preservar tecnologias em desuso e saberes que se estão a perder.
Para mostrar o que é feito ao longo do ano nas suas oficinas a cooperativa tem em curso desde o passado dia 20 e até 12 de junho o "Quarteirão Primavera", onde mostra criações no domínio das artes plásticas, vídeo, teatro, e promove residências artísticas, para a troca de experiências e formação.
Nesta edição deslocam-se a Montemor-o-Velho vários artistas em residência de criação, como a norueguesa Sabina Jacobsson ("vídeo arte"), a colombiana Andrea Valência ("street art") e os portugueses ligados à Bienal de Porto Santo, para uma intervenção na área do "livro de artista", Manuel Pessoa Lopes, Madalena Éme, Eunice Artur, Manoel Jakson e Paulo Eurico Variz.
"Workshops", centrados numa "abordagem criativa de conciliação do 'velho' com o 'novo'", e na "exploração artística de técnicas e tecnologias tradicionais", um espetáculo pelo GRETUA -- O Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Aveiro, e exposições de fotografia são outros pontos do programa.
Estão igualmente programadas cinco "vídeo instalações" e uma mostra internacional de "video arte", de criações que passaram em festivais como o Magmart (Itália), Oslo Screen (Noruega), Avanca (Portugal), e International art.expo (Itália).

FF.
Lusa

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