segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ciclovia entre Figueira e Coimbra pode abrir em 2011

Uma ciclovia pelos campos do Baixo Mondego, entre a Figueira da Foz e Coimbra, implica seis milhões de euros de investimento e deverá estar concluída em 2011, disse fonte ligada ao projecto.
A Ciclovia Mondego, com 46 quilómetros de extensão, engloba uma plataforma ciclável com 2,6 metros de largura, desenvolvida junto ao rio, cinco pontes revestidas a painéis de madeira, 18 ligações a estações a apeadeiros do caminho-de-ferro e diversos espaços de paragem ao longo do percurso, entre outras características.
«Pretende-se que as pessoas possam usufruir do rio e, ao mesmo tempo, observar e recolher informação sobre a fauna e flora da região», disse à agência Lusa Miguel Figueira, arquitecto coordenador do projecto da Ciclovia Mondego.
O percurso inicia-se junto à estação de comboios da Figueira da Foz, na zona leste da cidade, acompanhando, numa primeira fase, a via municipal que liga à freguesia de Vila Verde.
Daí atravessa, em ponte, o ramal ferroviário que serve o porto comercial, passando a desenvolver-se junto ao rio, explicou.
A passagem através da estrutura portuária foi uma das situações «mais complicadas» de resolver no projecto, já que a alternativa – acompanhar a estreita via de ligação rodoviária até à povoação da Fontela, uns quilómetros adiante – viria a revelar--se impraticável.
«Como aquela zona apenas serve à manobra de comboios e não tem grande interesse para o porto comercial, foi possível levar a ciclovia para junto do rio», explicou Miguel Figueira.
O percurso continua junto ao dique de contenção do leito central do Mondego, atravessando uma zona de sapal, «uma das mais interessantes para observar a paisagem», frisou.
Daí em diante, a caminho de Montemor-o-Velho, a ciclovia estende-se ao longo do canal de rega da margem direita, passando do leito central para o chamado “leito abandonado” do rio, canal aberto no século XVIII.
«Passa por detrás da Ereira e frente a Montemor e segue para o Centro Náutico», continuou.
A ciclovia volta a reunir-se ao Mondego na zona da ponte de Formoselha, seguindo daí até à Mata Nacional do Choupal, em Coimbra, onde termina.
Uma das características destacadas por Miguel Figueira diz respeito às previstas ligações à linha de caminho de ferro – ramal da Figueira da Foz e de Alfarelos – «permitindo o acesso directo às plataformas das estações e apeadeiros».
O projecto da Ciclovia Mondego, desenvolvido por Miguel Figueira em colaboração com os arquitectos Daniel Gameiro e Pedro Vieira, tem como promotores os municípios da Figueira da Foz, Montemor-o-Velho e Coimbra, no âmbito da Comunidade Intermunicipal do Baixo Mondego (CIM-BM).
Orçado em 6 milhões de euros, será subvencionado em 70 por cento (4,2 ME) por verbas do Quadro Estratégico de Referência Nacional (QREN) e o restante por verbas próprias daqueles três municípios.
«É um projecto de mobilidade, com características ambientais, que tem duas grandes virtudes: acompanha no seu percurso o caminho-de-ferro e garante a independência total de outros meios rodoviários», disse Luís Leal, autarca de Montemor-o-Velho e presidente da CIM-BM.

Fonte: http://www.diariocoimbra.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=4005&Itemid=135

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