segunda-feira, 11 de maio de 2009

Barra de ouro falso servia para burlas

Uma barra de "ouro", que era, afinal, feita de latão e chumbo, foi um dos artigos apreendidos pela GNR, ontem, no âmbito da investigação a uma rede de tráfico de droga, nota falsa e pedras preciosas. Processo conta com mais oito arguidos.
A operação do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR de Santo Tirso foi a terceira fase do processo que avançou no terreno, em Março, com a detenção de um grupo onde se contava uma mulher conhecida como "Espalha-brasas" - condenada a 15 anos de prisão, em 1995, por liderar uma rede de tráfico de droga, em Vila Nova de Famalicão.
Ontem, cerca de uma centena de militares do Comando do Porto da GNR encetou 15 buscas nos concelhos de Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Maia, Matosinhos, Braga e Montemor-o-Velho (distrito de Coimbra), visando um conjunto de indivíduos que teria ligações à rede detida em Março. Seriam, segundo fonte policial, "angariadores de negócios".
Nas buscas realizadas em Braga foi encontrada uma falsa barra em ouro com pouco mais de um quilo, que, acredita a GNR, teria como destino transacções fraudulentas. Dois empresários de Felgueiras, do ramo da ourivesaria, quase terão caído no esquema, apurou o JN. Foram também apreendidas quatro notas falsas, de dinheiro da Venezuela, Nicarágua, Indonésia e Egipto, bem como diverso material supostamente furtado, como consolas, computadores, televisores e artigos de som, entre outro.
Duas caçadeiras, 40 munições, três automóveis e 470 euros também constam do material apreendido. Os oito indivíduos, sete homens e uma mulher, com idades entre 19 e 64 anos, serão interrogados no decurso da investigação.
No âmbito do processo, que esteve inicialmente a cargo do Tribunal de Vila do Conde, mas acabou entregue ao de Famalicão, já há 18 arguidos, quatro deles em prisão preventiva (a "Espalha-brasas" e três cúmplices). A primeira fase da operação tinha culminado na apreensão de 15 quilos de pólen de haxixe, 20 mil euros e 12 mil dólares contrafeitos e 123 pedras preciosas, algumas falsas.
Na segunda fase, os militares do NIC de Santo Tirso recuperaram, entre outros artigos, um crocodilo em bronze, no valor de 50 mil euros, que tinha sido furtado de uma casa em Vila do Conde e originou toda a investigação.

In http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=1227126

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