quarta-feira, 18 de março de 2009

Câmara quer mais com menos dinheiro

A Câmara Municipal de Montemor-o-Velho apresentou ontem a sétima edição do Festival do Arroz e da Lampreia, um certame de vai decorrer da próxima sexta-feira até dia 29, e para o qual os objectivos são similares aos do ano passado, muito embora o orçamento tenha sido reduzido em cerca de 20 por cento, rondando este ano os 45 mil euros.
De acordo com o vereador Pedro Machado, desceu o investimento, mas «mantém-se a qualidade», considerando que o certame «já faz parte do calendário e roteiro turístico da região». Tendo contado ontem com a presença de diversos participantes, nomeadamente operadores de restauração, o autarca estabeleceu como objectivo positivo para esta edição, ultrapassar os números do ano passado, em que visitaram o festival cerca de 21 mil pessoas e foram servidas 32 mil refeições.
Machado acredita que, em futuras edições, com outras condições económicas, o festival possa ser visitado por 25 a 30 mil pessoas, mas recusa a ideia de que possa crescer mais, «porque não é essa a sua vocação».
Ainda assim acredita que a crise económica das famílias pode ser benéfica para o certame, alvitrando que a visita num dos próximos fins-de-semana pode ser alternativa à viagem que não foi feita por falta de dinheiro. Esta visão tem a ver com o perfil do visitante do Festival do Arroz e da Lampreia, que, segundo o vereador, é essencialmente local.
A espinha dorsal que orienta toda a organização do certame tem a ver com a promoção dos produtos endógenos, nomeadamente a lampreia do Mondego e o arroz carolino do Baixo Mondego, que «para nós é o melhor arroz do mundo», não esquecendo também o artesanato e a cultura, através da participação das associações do concelho.
Aliás, Pedro Machado sustenta que «Montemor-o-Velho é um referencial cultural na região Centro», razão pela qual integram o programa do festival várias exposições, visitas guiadas, animação musical permanente e bailes, para além do espectáculo de Mónica Sintra, no sábado, 28 de Março.
Para provar as iguarias do Baixo Mondego, com destaque para o arroz de lampreia, vão funcionar 16 restaurantes e 10 tasquinhas. Existirão ainda 10 bancas de antepastos e repastos, doces e salgados, que pretendem complementar a outra oferta.
Haverá ainda sete oficinas e stands de artesanato, quatro de instituições e três postos de venda do arroz carolino do Baixo Mondego.
Com um preço de entrada simbólico de 50 cêntimos para maiores de 14 anos, o espaço do festival terá 3.400 metros quadrados e um perímetro de 250 metros.

Preocupação com higiene
e segurança alimentar
À semelhança do aconteceu na edição de 2008, a autarquia promoveu acções de formação em higiene e segurança alimentar para os operadores das tasquinhas, com o objectivo de garantir a qualidade daquilo que é servido.
Desta forma, realizaram-se duas formações de 25 horas cada uma, mas a organização também teve cuidado em disponibilizar cozinhas adequadas para este tipo de eventos e com a sinalética adequada.
Todos os locais foram ainda equipados com instrumentos básicos para a higiene e segurança alimentar, assim como com um dossier para melhor monitorização.
Com os mesmos pressupostos, a autarquia equipou o local do festival com contentores e ecopontos, tendo sido melhoradas as condições e equipamentos destinados ao público.

Fonte:http://www.diariocoimbra.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=1100&Itemid=135

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