segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Volun­tá­rios dis­tri­bu­í­ram bens a famí­lias caren­ci­a­das de Ara­ze­de

Rou­pas, cober­to­res, brin­que­dos, géne­ros ali­men­ta­res. São as neces­si­da­des de mui­tas famí­lias da fre­gue­sia de Ara­ze­de. A Casa do Povo local, atra­vés da sua Sec­ção Soli­dá­ria, fez o diag­nós­ti­co, falou com as pes­so­as mais caren­ci­a­das e sába­do fez a entre­ga dos bens. Foi duran­te todo o dia, envol­ven­do cer­ca de 10 volun­tá­rios que aju­da­ram a fazer sor­rir 25 famí­lias da fre­gue­sia. “Par­ti­lhar por um sor­ri­so”, assim se deno­mi­nou a ini­ci­a­ti­va, que vai con­ti­nu­ar, aju­dan­do quem mais pre­ci­sa.
O pre­si­den­te da Casa do Povo de Ara­ze­de não escon­deu ao Diá­rio de Coim­bra o seu espan­to ao cons­ta­tar tan­ta neces­si­da­de na fre­gue­sia. «Esta­va à espe­ra que fos­sem menos famí­lias caren­ci­a­das. Há casos de pobre­za extre­ma. Há pelo menos duas ou três famí­lias que vi que mora­vam num local que não era casa nem bar­ra­ca», des­cre­veu José Car­los Fer­nan­des. «Foto­gra­fá­mos, vamos fazer um dos­sier e pres­sio­nar quem de direi­to para aju­dar e inter­vir nós pró­prios. Se for o caso, for­ma­mos uma equi­pa e dei­ta­mos mãos à obra», afir­mou.
Mas até lá, quem mais pre­ci­sa vai ten­do uma “aju­di­nha” da Sec­ção Soli­dá­ria Casa do Povo e de todas as pes­so­as que têm vin­do a cola­bo­rar na cam­pa­nha. O pre­si­den­te da ins­ti­tu­i­ção lem­bra, a pro­pó­si­to, que a acção de sába­do sur­giu no segui­men­to da cam­pa­nha desen­vol­vi­da em 2007. Des­de então a onda de soli­da­ri­e­da­de não parou e as pes­so­as «con­ti­nuam a aju­dar». De tal for­ma que a Casa do Povo está já a desen­vol­ver esfor­ços no sen­ti­do de abrir uma “Loja Soli­dá­ria” e cons­ti­tu­ir uma bol­sa de volun­ta­ria­do para lhe dar “for­ma” (ver cai­xi­lho).
José Car­los Fer­nan­des lem­bra, a pro­pó­si­to, que a acção desen­vol­vi­da sába­do tem «mui­to tra­ba­lho de fun­do». É que a Casa do Povo não faz a entre­ga de bens sem antes fazer um levan­ta­men­to das neces­si­da­des (fei­to com o apoio da Câma­ra de Mon­te­mor-o-Velho) e sem falar «“in loco” com as pes­so­as para ver o seu agre­ga­do fami­liar, cons­ta­tar as neces­si­da­des e per­ce­ber que que­rem rece­ber aju­da». Depois, con­ti­nua, «pre­pa­ra­mos os sacos com os bens, devi­da­men­te eti­que­ta­dos, e entre­ga­mos».
O pre­si­den­te da Jun­ta de Fre­gue­sia de Ara­ze­de mar­cou pre­sen­ça na acção e afir­mou tra­tar-
-se de um tra­ba­lho «do mai­or in­te­res­se e rele­vân­cia». «A Jun­ta de Fre­gue­sia tem de estar dis­po­ní­vel para cola­bo­rar», afir­mou Auré­lio Rocha.A ini­ci­a­ti­va con­tou com o apoio da Câma­ra de Mon­te­mor, Jun­ta de Ara­ze­de, empre­sa Perei­ra & San­tos e mui­tos muní­ci­pes.

Loja Solidária até final do ano
Há espaço – a antiga escola primária de Amieiro – e há vontade, por isso, até final do ano a Casa do Povo de Arazede conta ter em funcionamento a Loja Social, um espaço onde serão depositados os mais variados bens que serão distribuídos pelos mais carenciados. As famílias podem dirigir-se à loja para levar o que necessitarem, mas quem não puder vai continuar a receber a visita dos voluntários na sua própria casa.
Na futura loja «falta apenas fazer arranjos», diz o presidente da Casa do Povo, que vai contar com o apoio (já expresso) da Câmara de Montemor.
Quem quiser dar os bens é a este local que se deve dirigir. Os voluntários encarregar-se-ão depois da divisão, arrumação e até lavagem da roupa, já que no espaço está também prevista a instalação de uma lavandaria.
A Loja Solidária, explica José Carlos Fernandes, vai funcionar ao sábado e «apenas com trabalho voluntário». Espera-se, por isso, a adesão de pessoas que queiram colaborar sem receber nada em troca. A campanha de captação de voluntários está lançada.

Fonte:http://www.diariocoimbra.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=536&Itemid=135

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