Uma dúzia de jovens, onde se incluem duas mulheres, está a ser julgada no Tribunal Judicial de Montemor-o-Velho por, alegadamente pertencer, com diferentes graus de intervenção, a uma rede que se dedicava à venda de droga na região.
Os números do processo impressionam tanto como o intrincado novelo que a acusação, que demorou várias horas ler, pretende desenrolar, nas suas várias vertentes, com o objectivo de deslindar as nuances da participação de cada um dos arguidos neste negócio de venda de droga.
Desde logo, são 12 arguidos (um faltou) e respectivos defensores, que não couberam no espaço que lhes é destinado, havendo necessidade de pedir mais cadeiras. Por outro, regista-se o elevado número de testemunhas, mais de cinco dezenas, sendo também enorme a quantidade de escutas que será preciso verificar, alvitrando alguns magistrados que o julgamento venha a ultrapassar as 10 sessões.
Em toda a acusação, o factor comum é o nome do arguido A. P., que foi detido em 7 de Julho de 2007, e, actualmente, em prisão preventiva, apontado estando na origem da rede criminosa, de que assumiria a liderança.
De acordo com o Ministério Público, o indivíduo, residente em Gatões, Montemor-o-Velho, dedicava-se à venda de droga, nomeadamente haxixe, pólen de haxixe e ecstasy, desde 2005, usando como método para iludir as autoridades o facto de não telefonar aos clientes, optando por deixar o seu número para que fossem estes a contactá-lo, o que aconteceu algumas vezes também através da Internet.
Mais tarde, supostamente para aumentar o volume de negócio, começou ele a ligar aos compradores, encontrando-se depois em locais combinados para as transacções. Ao fim-de-semana, o indivíduo frequentava discotecas da região (em localidades como Figueira da Foz, Coimbra e Leiria), assim como festas “tecno”.
Progressivamente, segundo a acusação, foi “passando” a venda da droga a dois outros arguidos, que agiam às suas ordens, um dos quais frequentava a Escola Secundária de Montemor-o-Velho, onde fez negócio por várias vezes.
Aliás, um dos aspectos notados na leitura da acusação, foi o facto de muitos dos clientes serem menores, um dos quais com apenas 14 anos à data dos factos.
A rede alargou, e um outro arguido, habitual consumidor de haxixe, passou a fazer de motorista ao cabecilha, levando-o aos três pontos de abastecimento, nomeadamente Figueira da Foz, Coimbra e Mealhada.
Também acusada está a namorada de A. P., que «sabia o que ele fazia», e chegou a transportá--lo à Figueira da Foz, onde este se abasteceu junto de J. R., que, por sua vez, mantinha também uma segunda rede, onde participava a outra mulher arguida, que, inclusivamente, vendia em casa.
A partir daqui, o Ministério Público, através das escutas telefónicas, foi desenrolando o novelo, identificando um outro “grossista”, o arguido que ontem faltou, que vendia a partir de Coimbra o que obtinha em Lisboa ou Porto, «dando preferência a encomendas maiores», refere a acusação.
É também acusado um outro jovem que se dedicava à venda na zona da Praça da República, em Coimbra, e que chegou a suprir as necessidades de abastecimento de A. P., sendo arguido um outro cliente que terá também comprado quantidades relevantes.
Trata-se de um conjunto intrincado de negócios de comércio de estupefacientes, descoberto através de uma operação de vigilância, iniciada em Montemor-o-Velho e que viria culminar com detenções, a 7 de Julho de 2007, na sequência do cumprimento de 11 mandados de busca domiciliária, que se estenderam a Coimbra e Condeixa-a-Nova.
Na altura, a Guarda Nacional Republicana apreendeu 1.326 doses de haxixe, oito “bolotas” do mesmo produto e 111 pastilhas de ecstazy, assim como material para corte da droga, 20 telemóveis, uma pistola de alarme, uma carabina de ar comprimido, uma viatura ligeira, um computador portátil e 2.305,22 euros.
Fonte:http://www.diariocoimbra.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=688&Itemid=135
Os números do processo impressionam tanto como o intrincado novelo que a acusação, que demorou várias horas ler, pretende desenrolar, nas suas várias vertentes, com o objectivo de deslindar as nuances da participação de cada um dos arguidos neste negócio de venda de droga.
Desde logo, são 12 arguidos (um faltou) e respectivos defensores, que não couberam no espaço que lhes é destinado, havendo necessidade de pedir mais cadeiras. Por outro, regista-se o elevado número de testemunhas, mais de cinco dezenas, sendo também enorme a quantidade de escutas que será preciso verificar, alvitrando alguns magistrados que o julgamento venha a ultrapassar as 10 sessões.
Em toda a acusação, o factor comum é o nome do arguido A. P., que foi detido em 7 de Julho de 2007, e, actualmente, em prisão preventiva, apontado estando na origem da rede criminosa, de que assumiria a liderança.
De acordo com o Ministério Público, o indivíduo, residente em Gatões, Montemor-o-Velho, dedicava-se à venda de droga, nomeadamente haxixe, pólen de haxixe e ecstasy, desde 2005, usando como método para iludir as autoridades o facto de não telefonar aos clientes, optando por deixar o seu número para que fossem estes a contactá-lo, o que aconteceu algumas vezes também através da Internet.
Mais tarde, supostamente para aumentar o volume de negócio, começou ele a ligar aos compradores, encontrando-se depois em locais combinados para as transacções. Ao fim-de-semana, o indivíduo frequentava discotecas da região (em localidades como Figueira da Foz, Coimbra e Leiria), assim como festas “tecno”.
Progressivamente, segundo a acusação, foi “passando” a venda da droga a dois outros arguidos, que agiam às suas ordens, um dos quais frequentava a Escola Secundária de Montemor-o-Velho, onde fez negócio por várias vezes.
Aliás, um dos aspectos notados na leitura da acusação, foi o facto de muitos dos clientes serem menores, um dos quais com apenas 14 anos à data dos factos.
A rede alargou, e um outro arguido, habitual consumidor de haxixe, passou a fazer de motorista ao cabecilha, levando-o aos três pontos de abastecimento, nomeadamente Figueira da Foz, Coimbra e Mealhada.
Também acusada está a namorada de A. P., que «sabia o que ele fazia», e chegou a transportá--lo à Figueira da Foz, onde este se abasteceu junto de J. R., que, por sua vez, mantinha também uma segunda rede, onde participava a outra mulher arguida, que, inclusivamente, vendia em casa.
A partir daqui, o Ministério Público, através das escutas telefónicas, foi desenrolando o novelo, identificando um outro “grossista”, o arguido que ontem faltou, que vendia a partir de Coimbra o que obtinha em Lisboa ou Porto, «dando preferência a encomendas maiores», refere a acusação.
É também acusado um outro jovem que se dedicava à venda na zona da Praça da República, em Coimbra, e que chegou a suprir as necessidades de abastecimento de A. P., sendo arguido um outro cliente que terá também comprado quantidades relevantes.
Trata-se de um conjunto intrincado de negócios de comércio de estupefacientes, descoberto através de uma operação de vigilância, iniciada em Montemor-o-Velho e que viria culminar com detenções, a 7 de Julho de 2007, na sequência do cumprimento de 11 mandados de busca domiciliária, que se estenderam a Coimbra e Condeixa-a-Nova.
Na altura, a Guarda Nacional Republicana apreendeu 1.326 doses de haxixe, oito “bolotas” do mesmo produto e 111 pastilhas de ecstazy, assim como material para corte da droga, 20 telemóveis, uma pistola de alarme, uma carabina de ar comprimido, uma viatura ligeira, um computador portátil e 2.305,22 euros.
Fonte:http://www.diariocoimbra.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=688&Itemid=135
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