terça-feira, 6 de setembro de 2011

Bombeiros fazem peditório para pagar combustível

A direcção dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Velho vai promover um peditório junto da população e empresas do concelho para financiar gastos com combustíveis e despesas correntes, disse fonte da corporação.
A campanha de recolha de fundos, que se inicia a 08 de Setembro, feriado municipal em Montemor-o-Velho, decorre das dificuldades que a direcção da associação humanitária enfrenta a nível financeiro, com dívidas que rondam os 200 mil euros. "Não temos dinheiro para combustíveis nem para as coisas mais básicas", disse à agência Lusa Ana Galvão, presidente da direcção dos bombeiros locais. Eleita em Março de 2011 e com mandato até Dezembro, a actual direcção, constituída por um grupo de bombeiros, herdou da anterior uma situação financeira "muito complicada e difícil", frisou.
"Vamos fazer o peditório no dia da Feira do Ano. Era tradição fazê-lo nessa data [08 de Setembro], quando se recolheram fundos para a construção do quartel. Mas depois do quartel ser construído essa tradição perdeu-se", disse, por seu turno, Diogo Morais, director com o pelouro financeiro. "Às dívidas existentes, na grande maioria a fornecedores somam-se as "dificuldades" no pagamento de verbas por parte de entidades públicas, alega. Deu o exemplo da anual transferência de capital assumida pela autarquia local, no valor de 30 mil euros, da qual a instituição ainda só terá recebido "dez mil", disse Diogo Morais.
A verba foi investida na reparação de viaturas já que, quando a actual direcção tomou posse, em Março, 80 por cento do parque automóvel dos bombeiros "estava avariado e inoperacional", revelou. "Só tínhamos uma viatura de incêndios florestais e outra na secção [de Arazede] a andar, mais um autotanque. Havia três autotanques parados, três carros de incêndio e dois de comando", explicou.Actualmente, algumas das viaturas, entretanto reparadas, "estão prontas para ir levantar", mas os bombeiros alegam que não possuem dinheiro para o fazer. "Herdámos uma dívida enorme, não queremos contrair mais", sustentou.

Fonte: http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1972898&seccao=Sul

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