quarta-feira, 10 de março de 2010

Luís Vieira e Capoulas Santos convidados

Arroz biológico para o almoço

O secretário de Estado e o eurodeputado europeu, Capoulas Santos, vão poder saborear o primeiro arroz biológico produzido no Baixo Mondego.

O secretário de Estado Luís Vieira e o eurodeputado europeu e relator no Parlamento em assuntos para a agricultura, Capoulas Santos, vão poder saborear o primeiro arroz biológico produzido no Baixo Mondego. O almoço está marcado para sábado, às 12H30, na tasquinha da Associação Cultura das Meãs do Campo no Pavilhão do Festival do Arroz e da Lampreia, em Montemor-o-Velho. O anfitrião e produtor do primeiro arroz biológico do Baixo Mondego, Carlos Laranjeira, decidiu sentar à mesa agricultores e “duas personalidades” que, em seu entender, “ desenvolveram um trabalho muito positivo a favor da agricultura da região, e do país, durante o tempo em que Jaime Silva”.
“Luís Vieira e Capoulas Santos vêm a convite da Associação de Orizicultores de Portugal – Delegação do Mondego , tal como aconteceu com o sr. ministro da Agricultura e o secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Florestas na cerimónia de inauguração do Festival do Arroz e da Lampreia, na passada sexta-feira”, explicou Carlos Laranjeira, adiantando que os “homens que se esforçam por apoiar e incentivar a agricultura e os agricultores que tão mal tratados têm sido, merecem ser reconhecidos”.
E, por um lado, a actual equipa do Ministério da Agricultura ainda continua em estado de graça entre os agricultores, muito em especial, dos do Baixo Mondego. Por outro lado, porque se deve à intervenção do eurodeputado Capoulas Santos, a abolição da modulação voluntária , da autoria do ex-ministro da Agricultura que, segundo Carlos Laranjeira, prejudicava duplamente os agricultores portugueses.

Arroz do Baixo Mondego em destaque

Desta forma, nada melhor do que servir aos convidados um dos produtos de qualidade produzidos nos campos do Mondego. “Toda a gente sabe que temos um bocado de terra mais rica do país para a produção de arroz. Toda a gente devia saber que produzimos do melhor que há no mercado. E toda a gente ficará a saber que os homens e mulheres desta terra também sabem fazer novas opções e apostas quando as condições lho permitem”, adiantou, referindo-se à produção do primeiro arroz biológico que poderá abrir novos caminhos e outros mercados.
E para quem tem dúvidas, arroz biológico não é mais do que um arroz produzido numa terra que esteve três anos a ser cultivada sem qualquer adubo ou produto químico. E hoje, garante o orizicultor, continua tudo a processar-se da mesma forma, sem adubos, nem produtos químicos, apenas com o recurso a matéria orgânica que não pode ser nunca de animais estabulados porque estes são alimentados com rações que não são naturais e com pastos que também não são naturais. Complicado? Talvez não. Os animais também têm que ser alimentados com pastagens não tratadas.
A dificuldade está tanto nos cuidados a ter, mas mais no facto deste arroz biológico produzir cerca de um terço do tradicional, tornando a sua produção pouco rentável. Mas, numa altura em que tanto se fala das questões ambientais… sem dúvida que o ambiente agradece estes cuidados e o homem saberá apreciar o bom sabor e a qualidade final. Até porque, como Carlos Laranjeira faz questão de sublinhar, “este primeiro arroz biológico é semeado à mão como tradicionalmente se fazia”, embora se possa fazer também como o recurso a maquinaria”.
E como ainda não está no mercado – o que parece estar a ser preparado – , este produto pode ser apreciado à mesa da Associação das Meãs do Campo com lampreia ou com pato… Como divulga uma faixa instalada na tasquinha daquela associação: o arroz biológico é oferecido por Carlos Laranjeira. Porquê? “Porque é a minha terra natal e porque se trata de uma associação de gente muito dedicada e empenhada nas causas da sua terra”, justifica.

Eduarda Macário
In http://www.asbeiras.pt/?area=coimbra&numero=81051&ed=10032010

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