terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Refer promete obras "urgentes" sem adiantar datas

A Refer voltou esta quarta-feira a garantir que não abandonará o Ramal da Figueira da Foz, ao anunciar o tipo de obras que alegadamente pretender realizar na linha. Não adiantou foi qualquer data, nem estimativa do investimento.
O comunicado que enumera os "trabalhos urgentes de reabilitação" do ramal, encerrado desde dia 5 deste mês, por razões de insegurança, chegou às redacções ontem de manhã. A seguir, o JN solicitou à Refer que desse a conhecer o calendário das obras. Mas, ao final da tarde, a empresa pública, presidida por Luís Pardal, acabou por manifestar a sua indisponibilidade para dar essa informação.
Ainda assim, a empresa que gere a Rede Ferroviária Nacional assegurou que "é objectivo que o Ramal da Figueira da Foz venha a constituir um elo importante nas cadeias logísticas que apoiam o desenvolvimento do Porto da Figueira da Foz". Por outro lado, é intenção da empresa que o ramal "garanta ligações ferroviárias eficazes no contexto nacional e ibérico", lê-se no comunicado da Refer, que reitera as promessas feitas, em 2008, pela secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino.
Segundo a Refer, as obras no Ramal, que liga a Figueira da Foz à Pamilhosa do Botão, no concelho da Mealhada, "contemplam a substituição integral dos materiais da superestrutura da via, a execução de drenagem em betão e o reperfilamento de taludes". As obras incluem também um novo balastro e prevêem "pequenas rectificações do traçado em planta e perfil".
A Refer afirmou ainda a sua disponibilidade para investir na segurança de algumas passagens de nível do ramal. Adiantou até ter 500 mil euros para eliminar quatro passagens de nível - duas no concelho da Figueira da Foz e duas na Mealhada - e automatizar duas em Cantanhede.
Entretanto, as câmaras de Montemor-o-Velho e da Figueira da Foz também manifestaram interesse em suprimir quatro passagens de nível, construindo, em alternativa, viadutos. "Acções que poderão vir a ser objecto de protocolo a celebrar com a Refer e cuja concretização é susceptível de ser articulada com os trabalhos de reabilitação do ramal", prometeu a empresa.
A Refer garantiu ter ainda projectos para uma fase posterior à reabilitação da linha. Referiu a execução do terminal ferroviário que há-de integrar uma plataforma logística, a três quilómetros da estação da Figueira da Foz, e a beneficiação de apeadeiros e estações de Cantanhede e Figueira.
O ramal, que atravessa quatro concelhos e foi inaugurado em 1881, constitui um troço da Linha da Beira Alta. Nos últimos anos, o estado calamitoso da via-férrea fazia os comboios demorarem-se cerca de uma hora no percurso de 50 quilómetros que liga a Figueira da Foz à Pampilhosa (onde entronca com a Linha do Norte). Enquanto a circulação ferroviária está suspensa no ramal, a viagem é feita de autocarro e demora mais 26 minutos.

Fonte: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Coimbra&Concelho=Figueira%20da%20Foz&Option=Interior&content_id=1072003

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